19.6.10

Primeiro passeio em Ilheus

Em um sábado ensolarado, com mar de almirante e vento nordeste saímos por volta das 10 hs com o Hy Brazil em boa companhia LASER carinhosamente apelidado de Fugitivo sob comando do amigo e instrutor de vela do Ilhéus Iate clube (IIC) Alexandre. Partimos rumo a Pedra de Ilhéus, onde apoitamos e demos um bom mergulho, e após verificar que as condições do mar, vento e maré estavam favoráveis seguimos rumo a baía do pontal.
Um pouco antes de entrarmos na baía do pontal avistamos a vela com as cores do arco íris do Hobbie Cat 16 de Marcelo, que já se aproximava da pedra de Ilhéus. A baía do Pontal é um braço de mar de água abrigada e tranquila que divide o cento de Ilhéus do bairro do pontal e das praias do sul.
Navegamos pela baía do Pontal, até próximo a ponte onde retornamos para um pitstop na bar do Badaca (ou Conde Badaró), um dos mais antigos velejadores da região e que se localiza na praia do Cristo (foto 2). Algumas cocas e águas depois iniciamos o retorno para o IIC, agora em companhia do Badaca em seu LASER.
Ao sairmos da baía do Pontal, enfrentei alguma dificuldade devido a "sombra" no vento causada pelo morro do Pernambuco, mas conseguimos sair sem maiores problemas..... Ao retornamos o vento estava um pouco mais fraco, porém constante e nos garantiu uma velejada tranquila. Percorremos aproximadamente as 11 milhas náuticas em 6 horas, porém com direito a todas as paradas e mesmo assim foi possível chegar a tempo de lavar todo o barco e ainda curtir o por do sol no deck da piscina do Iate club de Ilhéus, como pode-se ver na foto abaixo, feita pelo amigo Marcelo.
Para quem não conhece ainda a beleza de Ilhéus, pode-se ver abaixo uma visão privilegiada da baía do Pontal, e os barcos participantes desse passeio.

21.4.10

Veleiro Hy Brazil sob novo comando!

Manuela e Eu (Marcilio), estamos iniciando no mundo da vela e decidimos adquirir nosso primeiro veleiro. Procurávamos um barco agil e que nos permitisse velejar juntos, pensamos em um Dingue, Day sailer, porém uma classe de veleiro nova nos chamou a atenção : A classe Trindade.
E descobrimos um Trindade proximo a nós a venda : o Hy Brazil
Após contato com o dono do Hy Brazil, acertamos a negociação e iniciaram-se os preparativos para ir busca-lo. Preparamos o carro, instalando um reboque e conseguimos uma carreta emprestada. Porém na semana que planejamos ir a Salvador busca-lo, a cidade estava sendo assolada por uma chuva daquelas inclusive com várias partes inundadas. Quase desistimos da viajem ! Porém no dia marcado o tempo deu sinais de melhora e chegamos a Salvador, conhecendo finalmente e nos apaixonando pelo Hy Brazil. Após prepara-lo para viajem, o Hy Brazil atravessou mais uma vez a Baia de Todos os Santos, só que desta vez a bordo do Ferry boat com destino a Ilheus.

Ao chegar no Iate Clube de Ilheus, nova moradia do Hy Brazil, a novidade despertou interesse de todos. O tempo estava bom, porém com o vento rondando e com rajadas, o que causou alguma dificuldade inicial (quase virarmos em um bordo). Porém pudemos constatar que o Trindade tem personalidade, é bem estável, bom de orça e regateiro. Ou seja gostamos muito do Hy Brazil, e estamos certos que teremos muitas alegrias com ele. Agora é só aprendermos um pouco mais a comandar o Hy Brazil, e esperamos em breve saciar a sede por aventuras do Hy Brazil !

6.1.08

EXPEDIÇÃO MAJOR CATORZE

Primeira sexta-feira do ano. Diz a tradição na Bahia que se deve ir ao Bonfim. E não fizemos diferente!
No dia 4 de janeiro, Eu, Evandro e Hugo partimos em direção a Colina Sagrada na penisula Itapagipana, Salvador. Porém, nosso destino era a Marina Bonfim, com o proposito de iniciar uma expedicao pela Baia de Todos os Santos. Este seria o grande dia da tão esperada Expedicao pela Baia de Todos os Santos.

Durante um ano falamos sobre a idéia, sobre as vontades, os lugares, a velejada. Falamos e sonhamos muito. E no dia 3 de janeiro, com o ano novo ainda se espreguiçando, liguei para Evandro e disse: "Que tal fazermos uma pre-expedicao amanha?"; do outro lado da linha, a resposta: "Te vejo mais tarde para conversarmos sobre isso". Ambos ja sabiam no que aquilo ia dar, mas ficou o suspense no ar. Ainda precisávamos conversar sobre destino, alimentacao, dormida, enfim, programar tudo para a partida que já era no outro dia.

Depois do trabalho, nos reunimos para planejar. Local? No supemercado, para já fazer as compras. Depois de algumas horas e tudo decidido: Frutas, açucares, e água, muita água! Do supermercado direto pra casa pra preparar os 18 sanduíches naturais e o restante dos mantimentos.

Durante a noite e madrugada, olhei detalhadamente cada pedaço da Ilha de Maré no Google Earth, tracei os pontos junto com a carta náutica e transferi tudo para o GPS. Não queria dúvidas dos caminhos que iámos visitar.

De manha cedo, hora de acordar. Bagagem nas costas e tudo pronto, saímos para o mar!

Vento ainda fraco, mas constante a velejada inicou bem tranquila.

Com o tempo passando, chegava tambem a fome, e entao era a hora do primeiro café da manha. Sáude! Foi com o clima de brinde que os sanduiches eram recebidos.

Seguimos adiante sempre com o GPS na mão para conferir o rumo. Algum tempo depois, a face sul da ilha de Maré surgia cada vez mais próxima. Momento de admiração e deslumbre. Linda aparecia a costa sobre o mar azul. E um paredão de pedra fazia daquela vista única.

Seguimos no sentido oeste, para contornar a ilha e procurar nosso abrigo. Muitas pedras! Isso imposibilitava nossa aproximação das praias. O risco era grande e o cuidado era intenso em cada detalhe. Olho na terra, olho no mar e olho embaixo d'agua.

Depois de um longo tempo, avistamos um praia com alguns saveiros flutuando ao sabor das ondas. Parecia um porto seguro. Aproamos o barco na direção da praia e seguimos, devagar e com cuidado. Quem veio nos receber foi o saveiro DRAGAO DOS ANJOS. Nas boas vindas o convite a comer uma moqueca em um pequeno bar/restaurante na orla.

Resistimos a tentação da moqueca, porque era preciso descobrir um local abrigado para passar a noite, e esta praia não havia como montar a barraca de camping.
Pegamos informações com os nativos, jogamos uma prosa fora, tomamos um bom banho de mar para reativar as energias e seguimos adiante.
Mais a frente, encontramos uma praia com suas areias convidativas, e a recomendação de procurar MAJOR CATORZE, dono de um restaurante que teria um ótimo quintal para podermos acampar. Era o que precisavámos: abrigo e comida.
Chegamos com o Hy Brazil até a beira da praia, ao lado de um pequeno estaleiro e uma praia bem deserta. Olhos curiosos observavam o pequeno barquinho se aproximando.
Colocamos pés em terra firme e perguntando aos nativos que conversavam na beira da praia. "Onde é a casa de Catorze?". A resposta não podia ser melhor: "É essa aqui na frente!".

Pronto, já estava definido nosso ponto para acampar. Entramos na casa e fomos muito bem recebido por Catorze, um aposentado muito simpático. Procuramos um bom lugar para montar a barraca e guardar o veleiro em terra.

Com tudo já acomodado e no lugar, paramos para descansar e comer o nosso almoço. Começamos beliscando uns caranguejos...

Depois do almoço, reconhecer o local.
Andar pelas praias e tomar um banho de mar até a última gota de sol no horizonte.
Lindo pôr-do-sol entre Itaparica e a Ilha dos Frades. Guardamos na memória e na fotografia aquela imagem. Simplesmente uma bela despedida do dia.


De manha cedo, após uma noite bem dormida na barraca (inclusive muito melhor do que imaginava), preparamos o café da manhã. Pão, queijo, suco, cereais; era um banquete para aquela pequena barraca.
Para ajudar a digestão uma boa caminhada na areia da praia. Para nossa surpresa muitas marisqueiras já estavam curvadas procurando a moqueca da família. Eram muitas espalhadas pela areia deixada pela maré baixa.

Conversamos com muitas delas, e encontramos Edu, que resolveu nos acompanhar e mostrar um pouco do local. Depois do turismo pela região, voltamos para a casa de Catorze e comecamos a desmontar tudo. A maré já estava subindo e era preciso aproveitar.


Embarcamos e seguimos rumo ao norte para concluir a volta na Ilha de Maré. O destino agora era Salvador, a Marina Bonfim.
Belas paisagens, ilhas particulares, praias desertas, pequenos lugarejos, a cada momento uma nova panorâmica. O tempo passava e as belas imagens também. Ilha de Maré ia ficando para trás e Salvador cada vez mais próximo. Ia ficando o gostinho de saudade junto com o cansaço do final do dia.

Uma velejada muito especial, que conhecemos lugares especiais e pessoas especiais com sua simplicidade e sabedoria. Uma velejada de muitas que irão vir.
O sol começou a se esconder e já estávamos ao lado do pier da marina. Missão cumprida!
Hora do desembarque. Até a próxima.


18.11.07

XI Regata Salinas da Margarida

Vento, onda, velocidade e muita, muita emoção marcaram a última regata do Veleiro Hy Brazil na Bahia.
Em 2006, a já tradicional Regata de Salinas foi definitivamente o batismo do veleiro nas regatas de percurso longos na Baía de Todos os Santos. Desde então, a equipe do Hy Brazil ficou viciada nessas "viagens".
"É o melhor momento do ano. Regata e viagem juntos é perfeito!" afirma Leo, o comandante do veleiro. Neste ano a estréia na regata foi dos amigos Cílio e Rafael na tripulação do veleiro Pai D'égua. (esta jornada publicaremos em outro blog, com os momentos e fotos)

Diferente do ano de 2006 onde a novidade e as descobertas de novas paisagens eram deslumbrantes para a equipe, em 2007 o planejamento e a técnica fez da viagem a melhor experiência vivida nas águas com o Hy Brazil.
O vento forte na popa e o mar "grosso" foi um constante desafio para manter o barco estavél e dominado sobre as ondas de 2m. "Descíamos a parede de água equilibrando o corpo e o barco como uma coisa só." diz Hugo, proeiro e tripulante fundamental no Hy Brazil.

As condiçoes perfeitas de tempo e mar fizeram o veleiro bater recorde sobre recorde de velocidade.

"Vamos, vamos descer a onda surfando..." gritava Hugo, "empurrando" o barco para a vala da onda. A cada surfada, a velocidade no GPS apontava o que não esperava. "Hugo, já estamos a quase 11 nós (19,5km/h)" comemorava Leo com um sorriso estampado no sol quente. Por fim, na última bóia, uma rajada empurrou o barco a incríveis 19,4 nós (35,9km/h). Nem a tripulação acreditou. Só mesmo o GPS registrou o momento e guardou na tela o que só se foi ver mais tarde. Para a tripulação ficou a felicidade e aquela sensação inesquecível.

Depois de tanto vento na popa, a última bóia trouxe um través maravilhoso direto ao destino.
Salinas aparecia no horizonte e com suas águas abrigadas convidava o barco a descansar.
Após exatos 3h e 03min de êxtase, o Hy Brazil cruzou a linha de chegada em 1o lugar e reconheceu a beleza da enseada de Salinas um ano após sua estréia no ano de 2006. Até 2008 Salinas!

29.8.07

Regata Maragogipe


Participar da maior regata da Bahia (ARATU-MARAGOGIPE) já é um momento especial na vida de qualquer velejador.

Mas, neste ultimo sábado o percurso de 55 km pela Baía de Todos os Santos teve uma sabor diferente.

Após 2h30 de velejada com ventos bons até a barra do Paraguaçu, a tripulação do HY BRAZIL subiu o rio rumo à cidade de Maragogipe.

Fazendo companhia ao pequeno veleiro Trindade, apenas os veleiros de oceano (eram cerca de 200 na água) com medidas entre 19 e 60 pés, todos com o balão aberto.

E o Trindade HY BRAZIL não fez feio. Chegamos lá por volta das 17h30, muito antes dos últimos veleiros a cruzarem a linha de chegada já depois das 19h.

Encontramos até mesmo, catamarãs falando que não íamos conseguir vencer a correnteza do rio, mas provamos que mesmo com vento fraco o Trindade HY BRAZIL foi valente e venceu o velho PARAGUAÇU, que em tupi guarani quer dizer “grande mar”.